Promotor revela a história da falta de água em João Lisboa
São três os culpados
pela falta de água em João Lisboa: O primeiro é a CAEMA, a concessionária que
não sabe gerenciar os serviços de distribuição do precioso líquido; o segundo é
o gestor da administração pública, que não sabe cobrar da concessionária e nem solucionar
o problema aplicando o rigor da lei e em terceiro, a população, acomodada e com
um sério problema cultural que se arrasta há décadas.
Durante a solenidade
de diplomação do prefeito, vice e vereadores de João Lisboa ontem, dia 19 de
dezembro, no Fórum da Comarca, o promotor de justiça Tarcísio José Sousa
Bonfim, titular da 1ª Promotoria de Justiça de João Lisboa, revelou dados
estarrecedores que pelo jeito eram totalmente desconhecidos da população do
município. Numa prestação de contas acerca de sua atuação, ele assegurou que
vai combater veementemente pontos cruciais que estão travando o desenvolvimento
do município, entre os quais o básico e essencial que é a educação, para ele
prioritário, e ainda, o transporte coletivo de péssima qualidade e o
abastecimento de água precário que se arrasta há décadas numa mesma situação
caótica.
Os dados revelados
pelo promotor dão conta de que o município de João Lisboa possui quatro poços
artesianos que possuem uma capacidade para gerar cerca de 600.000 metros
cúbicos de água, quando o necessário e suficiente para abastecer todo o
município de João Lisboa, seriam de apenas 400.000 metros cúbicos, segundo
dados oficiais recomendados pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
Então, isso quer dizer
que mesmo com um superávit de 200.000 metros cúbicos de água, falta água em
João Lisboa constantemente. Há explicação para isso? Sim, e duas bastante
plausíveis: o péssimo gerenciamento da Caema, concessionária com um modelo
arcaico, ultrapassado, de eras mesozóicas, que ainda atua no município
aplicando este modelo. A outra explicação é a inércia populacional que está
congelada neste período que durou 140 milhões de anos, mas pelo jeito ainda
persiste na mentalidade daqueles que ali residem.
Foram instalados pela
Caema neste período, 900 hidrômetros nas residências do município. Cerca de 500
foram quebrados pelos próprios moradores, que não queriam pagar pelo consumo do
precioso líquido. Além disso, na prefeitura não havia uma voz ativa para lutar
pelo cidadão joãolisboense, lutar por uma causa nobre de beber uma água limpa e
poder tomar um banho decente, poder matar a sede de seus filhos com dignidade
sem recorrer à mendicância. Mas tudo um dia muda!
A diplomação do
prefeito Jairo Madeira mostra que já houve uma mudança de mentalidade da
população, calejada, cansada de viver de promessas, de dias vazios e sem
esperança. O professor Jairo Madeira assume no dia 1º de janeiro já com uma
grande responsabilidade de transformar esperança em realidade.
Comentários
Postar um comentário