A CENA DO JUÍZO FINAL



“porque tive fome e não me deste de comer; tive sede e não me deste de beber...” (Mt 25.42-43)

         Às vezes fico imaginando como seria a cena do juízo final se fosse estabelecido um diálogo entre Jesus e as pessoas que estão sendo julgadas, de forma semelhante como aconteceu na parábola do rico e Lázaro (Lc 16.19-31). Por três vezes o Rico argumentou alguma coisa para sair da sua condenação, mas sem sucesso.
         Se houvesse a possibilidade de os condenados também argumentarem alguma coisa, fico conjecturando o seguinte diálogo:
         - Senhor Jesus, deixamos de atender os pobres que apareciam para não os acostumarmos a viver pedindo e os transformássemos em parasitas. Além disso, muitos eram aproveitadores e vagabundos...
         - Não levei em conta nada disso para salvar os que estão à direita do meu trono.
         - Mas Senhor, a esposa do meu pastor falou certa vez que nem sempre deveríamos ajudar os pobres, pois se o fizéssemos estaríamos atrapalhando o “tratamento” que Deus estava dando a eles, fazendo-os passar por aquela situação.
         - Acaso eu comentei algo assim com os salvos?
         - Misericórdia, Senhor, sempre achamos correta a sabedoria popular que diz: “quem tem dó do coitadinho ficará no lugar dele”.
         - Também deveria a sabedoria popular dizer: “A caridade vê a necessidade e não a causa que a produz”.
          Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. (Lc 25.41) 

        
        

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