Instalação do polo industrial criará 1500 empregos em Trairi

A principal escolha pela região foi sua posição geográfica que possui 90% da produção de coco no Estado

Com investimento de R$ 100 mi a região do Trairi, localizada no litoral Oeste do Estado, receberá a instalação do polo industrial de subprodutos do coco. O projeto é desenvolvido pelo grupo Cohibra em parceria com algumas empresas destinadas a contribuir para a inovação e pesquisa para produção dos subprodutos da fruta.

A estimativa é que sejam gerados 1.500 posto de trabalho diretos no município e o número pode crescer quatro vezes mais com o empregos gerados de forma indireta. De acordo com Laerte Gurgel, diretor-executivo do grupo Cohibra, Trairi foi escolhida por diversos fatores. "Um dos motivos foi a posição geográfica. A partir de Trairi estamos em um raio de 100 km onde há a maior produção de coco do Ceará que cobre 90% da produção no Estado", esclarece.

Além da localização, os outros fatores que contribuíram para a escolha da região foram a infraestrutura oferecida, a possibilidade do Porto do Pecém, a ampliação da rodovia CE 085 e o apoio da escola técnica integrado com o centro tecnológico, segundo Laerte Gurgel.

O projeto é voltado para a sustentabilidade e o plano de desenvolvimento é de cinco anos. A previsão para o início das atividades é para o primeiro semestre de 2017.

A produção será dividida em três unidades. A primeira será voltada a extração do óleo de coco extravirgem que será fracionada para poder atender as demandas dos setores de farmacologia, alimentícios e de cosméticos. A segunda será para o carvão ativado que possui o endocarpo do coco e pode ser utilizado para purificação de água, entre outras funções. A última unidade será direcionada para suplementos alimentares.

A instalação do complexo industrial pretende tanto abastecer o mercado interno quanto o externo, principalmente o europeu.  


Múltiplas funções
Das três unidades que Barreto irá construir, uma será de oleoquímica, no segmento de química fina, para atender demandas dos mercados cosméticos, farmacológicos e alimentícios. "Na extração de óleos, temos uma patente que é por processo enzimático, altamente sustentável", revela. Outra indústria trabalhará com carvão ativado, derivado do endocarpo do coco, voltado para mercado de purificação de água em geral, catalisadores de veículos, filtros de usinas nucleares e tabaco.
Já a terceira tem foco no processamento de fibras para suplementos alimentares. "Visamos, com estas produções, além do mercado nacional, o começo de exportação para o mercado internacional, especificamente para União Europeia", declara. A empresa já recebeu um convite para se instalar na Europa, mas ainda está avaliando. As outras indústrias são a Bioactive, na área farmoquímica, e a Native Essence, de cosméticos.
Posição estratégica
O consultor de negócios, Tadeu Alcântara Macedo, responsável pela captação das indústrias, declara que a escolha da localização aconteceu em virtude de Trairi ter vocação para o cultivo de coco, além da logística. "Teremos a duplicação da BR e estamos, aproximadamente, a 70 km do Porto (Pecém)", explica. Macedo analisa que toda região e cidades como Paraipaba e Paracuru serão beneficiadas.
O terreno que receberá as futuras instalações foi doado pela Prefeitura Municipal de Trairi. O parque industrial, na primeira fase, ocupará 30 hectares. A concepção da arquitetura e engenharia está finalizada e restam apenas as liberações, de acordo com Macedo.
Expansão
Numa segunda etapa, mais 20 hectares serão cedidos para a ampliação do polo e novas empresas estão estudando a instalação no local. Até o momento, são três, entre elas uma termoelétrica.

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